23 de maio de 2012

Primeiras Impressões: Show do Letz Zep

Como dito anteriormente (em outro post), eu acabei indo ao show da banda tributo do Led Zeppelin, que ocorreu na Via Funchal. Mesmo sendo algo um tanto estranho a ser "analisado", eu insisto em deixar esse post na série "Primeiras Impressões". A seguir, deixo a minha opinião sobre o show e um resumo do que ocorreu.

Foto da banda se apresentando na Via Funchal.
Comecemos falando um pouco do local do evento, a casa de shows Via Funchal. Situado na Vila Olímpia, local de ofícios e outros locais de eventos do gênero, os arredores logo estavam infestados de vendedores ambulantes de camisas com o logo do Led Zeppelin e também de placas para sinalizar os estacionamentos alternativos ao da própria Via Funchal. O problema é que o estacionamento da Via Funchal tem preço bastante salgado, sendo chamado até de "VIP" pela casa. O valor, ao comprar pela Internet, chegou aos R$50,00, sem contar os tais estacionamentos alternativos que beiravam os R$25,00. Acabei optando pelo VIP mesmo juntamente com os ingressos pelo site da Via Funchal.

Ingressos do show
Depois dessa primeiríssima impressão, chegamos ao local. Eu e meu pai estacionamos e entregamos um tipo de "vale" que é impresso ao comprar o ingresso pela Internet. Assim, ganhamos os ingressos e logo fomos nos sentar. Durante o "percurso" para chegar até as nossas cadeiras (que são numeradas obviamente), diversos fiscais insistiam em olhar pelos nossos ingressos, para checar se não havia nenhum intruso.
Marcado às 10 horas da noite, o evento ocorreu de fato apenas 20 minutos depois do combinado, algo que foi  um tanto inconveniente para mim, já que no dia seguinte eu ainda teria aula (pois eu não queria ter a chance de perder parte do show). Logo nós pedimos a um dos garçons que ficam perambulando os arredores duas Pepsi (já que não havia Coca-Cola, pode ser esse mesmo). O preço não foi muito camarada não, chegando a ter preço acima de 100% maior (R$7,00 cada!), totalizando incríveis R$14,00 apenas para bebidas (além de levar em conta que o local serve refeições, com preços igualmente absurdos).
Depois da compra, uma música instrumental de introdução logo começou a tocar, não se assemelhando a nenhuma música do Led Zeppelin, mas logo depois sucedeu-se para começar o evento já com um grande clássico: "Rock and Roll".

Foto do meu ponto de vista do show.
A qualidade dos integrantes da banda logo de cara surpreendeu. Ao ouvir "Rock and Roll" me lembrei da versão original e a comparei mentalmente (até cantei junto, XP). A primeira coisa que tentei comparar foi a voz do vocalista Billy Kulke (da banda cover) com a do lendário Robert Plant. A voz, fina, convencia bem, e até dava uma sensação de ser do vocalista original, sem contar o visual, que de longe dava aquela sensação de dévà vu do Robert (como os cabelos loiros longos). Já o resto do conjunto em geral também se mostrou bastante disposto e conseguiu fazer uma boa performance. Os nomes são: Benjy Reid como o baterista, Andy Gray com a guitarra, Steve Turner com o discreto baixo, e claro, o já citado Billy Kulke nos vocais.
Ao seguir as próximas músicas, como "Good Times, Bad Times", "Communication Breakdown", "Trampled Under Foot" e outras, sendo que algumas eu ainda nem tinha conhecimento, percebi ainda mais a boa qualidade do cover de origem inglesa. Houve um grande repertório de músicas tocadas, sendo todas do Led Zeppelin. Mas além disso, houve algumas surpresas que fizeram do show algo mais animador. Houve desde momentos simples em que Billy cumprimentou a platéia falando "Olá, Brasil" em português, até momentos em que um integrante fazia um "solo" de alguma coisa, para mostrar as suas habilidades ao público. Um exemplo desse "solo" foi uma clássica apresentação em que o guitarrista da banda Andy copiou o que Jimmy Page fez em um show: ele tocou a sua guitarra com um arco de violino. Enquanto fazia a tal façanha, o resto da banda saiu discretamente do palco para deixá-lo tocando sozinho. Outro desses solos foi a do baterista Benjy Reid, que fez um solo apenas de bateria por um bom tempo. Enquanto ele se apresentava, a platéia se agitava cada vez mais. Não tenho certeza se o solo de Benjy foi também copiada do Led Zeppelin, no qual suspeito que seja o solo de Moby Dick.

O baterista Benjy Reid 
O show se apresentava bastante animado e com um bom desempenho geral, mas quando vi o Andy pegando a lendária guitarra dupla, parecia que o show já estava em tom de despedida. Essa também foi tocada bem, muito bem (como deveria ser), mas o medo de o show já acabar falava em minha mente mais alto, tanto que nem quis olhar o relógio. Felizmente ainda havia mais um pouco do evento pela frente. Continuou com "Whole Lotta Love", que acabou sendo mesclada com outra música (que nem me lembro agora). Ao terminar a tal mescla, uma grande onda de aplausos dominava o ambiente enquanto a banda saia de cena. Inesperadamente (pelo menos para mim), a banda voltou para fazer um bis de sua apresentação. Infelizmente até aí já eram 00:10, então meu pai quis sair do evento, tanto pelo horário tanto também para evitar fila no estacionamento (mesmo sendo VIP, ele estava consideravelmente cheio).
Aqui abro um espaço para falar de uma das melhores músicas cantadas no dia (além de Stairway to Heaven), que foram "Since I've Been Lovin' You" e também "Kashmir". A primeira merece destaque para a grande performance do vocalista em atingir os fortes agudos da música, e Kashmir por ser uma dessas músicas de grande sucesso que não cansamos de ouvir do mais manjado que esteja. Francamente, gostei até mais da versão que ouvi do cover do que a música original.
Concluindo, o show foi mais do que apenas um simples "show", foi uma volta ao velho tempo do Led Zeppelin, onde havia o bom e velho rock que infelizmente não está muito bem presente atualmente. Foi uma mistura de um público atual com uma cultura dos anos 70, tanto que a banda se vestiu com roupas e uma aparência típica da época setentista. Assim como alguns chamam o Letz Zep de "A banda cover oficial do Led Zeppelin", eu também me atrevo a dizer o mesmo. A apresentação deles é de mérito de um belo show cover, feito de maneira ótima e competente. Para se ter uma ideia, foram tocados mais de 10 músicas, sem contar os incluídos no bis. Não é à toa que esse grupo inglês está até hoje se apresentando de forma internacional para os fãns que não tiveram a chance de presenciar a banda original, o Led Zeppelin.

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