24 de novembro de 2011

Review: Forza Motorsport 4 (Xbox 360 + Kinect)

Hoje vou fazer uma análise da série "Reviews", onde falarei sobre a experiência que tive com novo jogo da Microsoft em conjunto com a Turn 10: Forza Motorsport 4 para Xbox 360.

Capa do Forza Motorsport 4

Introdução
Primeiramente, vamos analisar a primeira coisa que vemos: a capa. Ao dermos uma olhada percebemos que o jogo possui compatibilidade com o novo Kinect, acessório que permite jogar sem controles. Também há algo curioso, a participação especial do programa TopGear (o britânico), este um programa da BBC que faz grande sucesso entre os fãs automobilísticos e conquistou uma legião de fãs pelo mundo, até no Brasil. Infelizmente não há um TopGear com a nossa língua, apenas dublado (há o que aparece no History) ou legendado (muitas vezes por fãs).



Ao ver que simuladores de corrida poderiam fazer sucesso, assim como na franquia Gran Turismo, a Microsoft resolveu implantar em seu console um simulador de mesmo nível e ver no que dava. Para quem não sabe, o jogo Forza 4 está apenas disponível para Xbox 360, enquanto Gran Turismo 5 para PlayStation 3 e PSP, obrigando fãs de automobilismo como eu a terem dois consoles para jogar Gran Turismo e Forza.
Falando rapidamente sobre algumas informações técnicas do produto, o jogo foi comprado numa loja da Saraiva no Shopping Eldorado, no qual acabei comprando por espontânea vontade, pois como eu jogava Gran Turismo desde do número 1 ao 4 e infelizmente o 5 é apenas para PS3, eu comprei o Forza Motorsport 4. O valor pago foi o de "lançamento", segundo um vendedor da Saraiva, que era de R$129,00.



Voltando à capa do nosso jogo em questão, vemos ao abrir que há uma surpresa: o jogo vem com dois DVDs, e não com um. A primeira vista, pensei que era algo semelhante ao Gran Turismo 2 de PlayStation 1, no qual um DVD era para modo carreira e outro para modo simulador. Uma pequena leitura no DVD nos traz a informação de o segundo ser apenas para a instalação de conteúdo extra, por o jogo ser muito pesado para entrar todo em apenas um DVD. A má notícia é que o segundo DVD só será instalado caso você use um Xbox com disco rígido, pois o espaço no Xbox de 4GB é muito pequeno, e o mesmo acontece num Xbox Arcade.

Começando a jogar
Com aquela grande vontade de jogar, coloco o DVD no Xbox e espero o jogo carregar. Logo na introdução, vemos uma linda introdução de Jeremy Clarkson, um dos apresentadores do TopGear.
Depois da introdução, nos é concedido à direção de uma Ferrari 458 Italia, a mesma da capa, e é disputada uma corrida para o usuário se acostumar com o novo jogo. Parece que é até decisivo chegar em primeiro, mas tanto faz a sua colocação no final das contas.
Logo depois devemos escolher entre um dos carros "pé de boi", como um Volkswagen Fox (o europeu ainda é aquele antigo, não o recente no Brasil que passou por reestilização), Ford Ka ou ainda um Vauxhall Corsa (caso nosso Corsa tivesse evoluído, seria algo semelhante a este europeu de outra marca pertencente a GM). Depois de mostrada um mapa onde mostra o local de sua próxima corrida, você escolhe qual de três corridas você irá disputar e aí vamos começar a sua carreira. Depois de acabada, você ganha créditos, pontos de experiência e pontos de afinidade com uma marca, no qual você poderá ganhar um bom desconto na hora de comprar peças para um carro daquela marca dependendo do nível.
Não vou explicar muito o que vem depois, pois é tudo muito repetitivo e bem previsível o que acontecerá. O que acontece é que você disputará diversas corridas numa série. Há séries de algo como "amador" ou "semiprofissional" e etc. Naquela série, existem X números de corridas para serem disputadas e assim o jogador passar para uma próxima série.
Para o jogador não ficar sem carros, a cada novo nível com os pontos de experiência você poderá escolher um de uma série de carros, algo parecido com o que ocorreu no começo quando você escolhe um carro "pé de boi".
Aproveitando, uma crítica que quero fazer é o que falei sobre a repetividade do modo carreira, que sempre nos faz fazer as mesmas coisas e não nos traz novidades, surpresas, e deixa o jogo chato de continuar.

Partes Técnicas do Jogo
Depois de falar sobre o que acontece no jogo, vou falar das partes técnicas, como os gráficos, realismo do simulador e outras coisas.
No caso dos gráficos, sem palavras. Parece que o pessoal da Microsoft e da Turn 10 (desenvolvedora do jogo) fizeram um ótimo trabalho na questão dos gráficos e aproveitaram muito bem o Hardware do Xbox 360. Tanto que se percebe que para o uso desses incríveis gráficos, foram sacrificados algumas coisas para não haver sobrecarregamento do console, como por exemplo, o quadriculado das sombras durante uma corrida dentro do cockpit. 
É imprescindível que você use um cabo HDMI para aproveitar ao máximo esses belos gráficos. Houve um bom trabalho desse pessoal também para modelar todo o cockpit das centenas de carros inclusos no jogo. O nível de detalhamento dos carros é simplesmente impressionante. Você pode até achar que a qualidade das texturas pode piorar muito se ampliarmos um zoom, mas o que vejo é uma pequena piora mesmo chegando bem perto. Só tenho a criticar o quadriculado que fica muitas vezes nas linhas dos carros, problema que aparenta falta de resolução, mas acontece mesmo com um cabo HDMI. Houve uma pequena infelicidade ao modelarem o clássico Delorean, no qual sou fã dele. Percebe-se muitas vezes que sua carroceria não aparenta ser o mesmo aço inox do original, muitas vezes lembrando ter uma carroceria metálica como os outros carros. As partes plásticas também ficam devendo por terem uma pintura mate que não convence muito ser de plástico. 



Fotos do Delorean (clique na foto para ampliar).
Para o realismo do jogo, é possível escolher entre diversas opções, como a colocação de uma linha sugerida para você saber aonde andar e onde frear, ABS, controle de estabilidade e muitos outros. Há também até incentivo, enquanto mais difícil você ganha uma porcentagem maior de créditos extras no final da corrida. Mas falando da jogabilidade mesmo, ao deixar no mais difícil, percebemos que o jogo trata bem as características de cada carro e a direção lembra mesmo a dirigibilidade de um carro real. Tanto que com a transmissão do carro manual, percebemos que houve a adição de um componente muito esquecido: a embreagem. Para jogar assim, apenas clique no botão correspondente ao trocar de marcha e sentir num simulador mais real ainda. 




Muitos jogos como Need For Speed tem, por exemplo, uma grande facilidade para realizar drifts e fazer curvas, o mesmo não ocorre no Forza 4, assemelhando-se mais com a realidade do que com a ficção. Mas lembro que não possuo um PS3, então não posso falar que a dirigibilidade é a melhor de todas, pois nunca joguei o Gran Turismo 5. Outra coisa que não deixo escapar é o pit stop, que me deixou a desejar, pois no Forza não há aquele realismo onde encontramos pessoas trocando e enchendo o tanque, o que já acontecia desde o GT4 na franquia Gran Turismo.
Já a quantidade de carros é grandiosa. Só de passear por todas as marcas já há muitas, e ainda deve ter uma média de 5 a 10 carros por marca. Muitas marcas como Ferrari e Chevrolet possuem dezenas de carros, mas senti falta de alguns carros de outras marcas, apesar da abundancia de carros nesse jogo.

Tipos de Corridas
Nesse aspecto, o jogo acaba nos dando o básico, com alguns extras. Explicando melhor, o Forza tem além da corrida tradicional, contra “bots” (os corredores com inteligência artificial) e o Time Trial (volta rápida, ou volta cronometrada), um joguinho bem simples de derrubar cones para ganhar pontuação e outros que também são considerados extras, como perseguição (nome já diz tudo) e outros, que são corridas secundárias e não aparecem toda hora. Também existe o multiplayer, onde a tela é dividida e você precisa de mais de um controle e os jogos online via Xbox Live. O problema do Xbox Live é que ele é muito chato e nos cobra mensalidades para ser Gold, o que nos deixa jogar com outros jogadores numa corrida. Quando você usa uma conta “free”, a única coisa possível é concorrer contra os ghosts do Time Trial, onde você disputa pela volta mais rápida com um carro fantasma de outro jogador. Lembro-me muito bem que mesmo no Gran Turismo 4 havia muitos jeitos legais de fazer as coisas, como loja de carros usados, lavagem de carros, tirar licença e etc, o que dava uma grande graça ao jogo, mas o mesmo não acontece no Forza 4.
Falando em corridas, o número de pistas é grande e consegue ser bastante satisfatória.

Modo Autovista e o uso do Kinect
Aproveitando o grande realismo dos carros em Forza 4, os desenvolvedores resolveram deixar os jogadores explorarem os carros e se maravilharem com eles. Simplificando, o Autovista nada mais é do que um tour sobre o carro todo, onde há narrações dos apresentadores do TopGear. É possível ver todo o carro na parte exterior, inteior (cockpit) e os porta-malas e o motor. Realmente é incrível o nível de realismo. Mas infelizmente acontece de esse modo estar disponível apenas para um grupo de carros, não para todos eles.
Agora falando da compatibilidade com o novo acessório do Xbox 360, o Kinect, posso dizer que estou muito decepcionado. A começar, podemos apenas ativar o recurso indo até a tela inicial, onde há a famosa frase “press start button” (no caso é outro botão). Depois, percebemos que não há como dirigir usando o Kinect no modo carreira, apenas disponível numa corrida normal ou num Time Trial. Depois de tanta decepção, ainda precisamos sofrer um pouco para navegar nos menus, pois para escolher o carro e a pista usamos o Kinect, não o controle. Recomendo que a Microsoft e a Turn 10 melhorem essa terrível navegação de menus. Ao jogar, até que entendo ser uma boa experiência, mas aí é que entendo a causa de não ser possível jogar no modo carreira com o acessório: o carro acelera e breca sozinho, e você apenas controla a direção, sendo uma grande trapaça para se jogar no modo carreira.

Conclusão

O novo jogo Forza Motorsport 4 é sim um grande simulador e está à altura do Gran Turismo, mas acho que o nível fica restrito na parte de simulação de uma corrida. Aquelas coisas que eu disse como a falta de carros usados, necessidade de tirar licença e tudo mais no que achava que dava outro ar de graça ao jogo Gran Turismo 4 (pois não joguei o 5) não estão presentes no Forza 4. A repetividade de sempre precisar correr corridas e não fazer muita coisa além disso no modo carreira deixa o jogo enjoativo e sem graça. Infelizmente parece que a Microsoft quis um simulador que simulasse ao máximo as corridas, mas esqueceram de dar um pouco mais de diversão ao jogo. O meu passado jogando Gran Turismo realmente mudou o rumo dessa avaliação e mudará a pontuação final desse review.
Me pedirem para pagar para me ingressar no Xbox Live Gold é coisa de vida de jogador, mas me deixou muito decepcionado ao não me deixarem jogar online com outros jogadores.
A parte boa, que são os belos gráficos, o dinamismo da corrida e o realismo são coisas a ser destacadas, e acho que dificilmente o Gran Turismo 5 consegue ser melhor nesses aspectos. Tanto que ao ver alguns vídeos, provavelmente os gráficos conseguem ser superiores e conseguem nos trazer um realismo maior nos gráficos do que o Gran Turismo 5 tenta nos mostrar.  
A participação especial do TopGear conseguiu ser um bom marketing para me induzir a comprar esse jogo, tanto que a participação de elementos do TopGear são abundantes. Existe a pista do TopGear, narrações dos apresentadores do TopGear, e até prêmios com relação ao TopGear, como “Estrela numa volta com um carro de preço acessível” (no caso usa-se um Kia Rio).
O sucessor de Forza 3 também fez muito bem e conseguiu ser muito melhor e corrigir diversas coisas e melhorar ainda mais a experiência do jogador nas pistas.
Então caso você procura um jogo onde você possa encontrar ótimos gráficos, uma simulação bastante realista de carros, tenha um Xbox com preferencialmente um HD e não ligue por ele ser enjoativo, além de saber quem são os apresentadores do TopGear, pode adquirir sua cópia já!

Pontuação
  • Preço do jogo - 9,0
  • Gráficos - 10,0
  • Jogabilidade nas pistas - 9,5
  • Número de carros e pistas - 9,2
  • Interação com o jogador - 8,0
  • Requerimentos extras a serem comprados (exs: Kinect, Xbox Live Gold, HD) - 8,5
  • Nota final - 9,0 - Excelente!

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