Dois dias difíceis para os consumidores da Apple.

Era para eu ter escrito ontem apenas sobre o iPhone 4S, mas por alguma infelicidade, eu acabei postando hoje, logo no dia da morte do cara mais importante da Apple (e um dos mais marcantes desse começo de milênio): Steve Jobs. 

No blog andei apenas postando sobre a Apple e ainda disse que admirava a empresa (admiro muito o Steve Jobs), mas não era fã dela. Por outra infelicidade acabou acontecendo de eu escrever apenas sobre a Apple.

Mas qual a razão de eu escrever de novo se eu mesmo reclamo de escrever demais sobre a Apple? De ontem a hoje aconteceram coisas terríveis à empresa de Cupertino.

Primeiramente voltemos ao acontecido no dia 4 de Outubro. Nesse dia acontecia o evento que estava anunciando o seu novo produto como destaque, o "novo" iPhone. 

Por ser uma pessoa com poucos anos de vida e pouca experiência, não cheguei a ficar tão na espera para ver algum iPhone novo. Com tanta espera assim, eu queria ver muito um iPhone 5 e suas possíveis novidades. Minha curiosidade me matava de esperar, mas ao voltar da escola logo de tarde, me deparei no meu computador com uma notícia que viria a me deixar mais do que decepcionado: o tal “novo” iPhone não era na sua versão 5, e sim a 4S, repetindo a versão S originária do iPhone 3GS. O iPhone será comercializado a partir do dia 14 de Outubro.

O iPhone 3GS pelo menos tinha como justificar seu update na época, trazendo diversas coisas novas, mas agora a Apple simplesmente me trollou. O novo iPhone não mudou nada externamente (só há um risco preto em cima do alto falante dianteira nos iPhones brancos para o Siri, novo recurso disponível) e parece aquelas reestilizações no mercado de carros, onde eles apenas mudam alguma e vendem dizendo que é totalmente novo. O iPhone 4S teve sim algumas importantes atualizações, como a bela melhoria da câmera e adoção do mesmo chip A5 do iPad, mas mesmo assim é decepcionante para alguém que esperava muito mais do que essa reestilização, que no caso foi interna, não mudando a parte exterior e também faltando o aprofundamento dessa parte interna. Ao ser anunciado o iPhone, a queda das ações da Apple mostra como estou decepcionado com isso. Vejo claramente que o chip A5 da Apple não conseguirá acompanhar os seus concorrentes, dando ênfase à Samsung, claro. Para a Samsung, o anúncio causou mais risos do que medo, ainda mais que mesmo o “novo” iPhone poderia disputar com o atual Galaxy S II e ser equivalente ou ainda perder se comparados, lembrando que brevemente haverá novos smartphones principalmente da Samsung melhores do que o Galaxy S II. Um deles é uma grande novidade, o Nexus Prime, que dependendo do seu teaser poderá ter uma tela curva e um forte desempenho. Além disso, fico sabendo que o sucessor de Jobs, Tim Cook, nem apresentou o evento inteiro, ficando apenas no início e no fim dele, dando mais decepção à minha cabeça. Para mim, o começo da Apple com Tim Cook já começou mal. Será que esse Tim promete mesmo? Ou será apenas um fracasso e deixará a empresa como antes de Steve Jobs aparecer pela primeira vez, praticamente falida? Só o tempo nos dirá.

Se ontem eu estava bastante decepcionado, bravo, angustiado, hoje eu estou em estado de choque e triste até este momento que escrevo este artigo. O repentino falecimento do Jobs logo um dia depois do iPhone 4S me pegou de surpresa. Felizmente pelo menos ele se foi pacificamente com a presença da família dele. Como ele podia morrer logo um dia depois desse tal lançamento? Deixando o modo “infeliz” ligado, diria que ele preferiu partir logo depois de ver o que aconteceu no evento de lançamento do iPhone. Uma pena mesmo foi ele não conseguir ficar para conseguir ver a versão 5 (número tão importante).

Saber que Steve estava ameaçado pela Dona Morte não era difícil nesses últimos dias, ainda que já fosse anunciado o seu péssimo relacionamento com o câncer, a sua misteriosa renúncia da Apple e seu isolamento do mundo exterior. Mais provas? Havia um fotógrafo dito como de confiança que tirou supostas fotos de Jobs em terrível estado de saúde e andando de cadeira de rodas, talvez agora confirmando a sua autenticidade. 

O fato é que Jobs bateu as botas e agora deixa seu legado, onde mostrou ao mundo como era um gênio e um grande visionário. Ele conseguiu mudar o mercado tecnológico e foi referência para os concorrentes. O iPad, por exemplo, conseguiu fazer do seguimentos de tablets popular, uma vez que os tablets já existiram desde os anos 90, mas nunca vingaram como o iPad desse grande gênio. Jobs mostrou também que era um grande administrador da Apple, sempre estando um passo à frente aos outros CEOs de outras empresas. Esse dia será marcado com o fim da era Steve Jobs, onde uma pessoa conseguiu convencer praticamente o mundo a comprar seus produtos. 

Ele deixa muito além no seu legado, ele ensinou como uma empresa do século XXI realmente deveria funcionar para atingir o tão esperado sucesso.
Mais do que salvar a Apple, Jobs foi importante para o sucesso da Pixar e para as atuais animações computadorizadas. Jobs é mesmo um herói que fez desse mundo algo melhor.

Seria a morte de Jobs o tacada final da Apple para o fracasso? Será que agora os funcionários aprenderam a lição que o tio Steve deu para eles? O legado dele estará presente na nova Apple que se forma depois da morte de Steve Jobs? De novo, somente o tempo nos dirá.

Posso dizer agora que estou um pouco emocionado depois de escrever esse artigo sobre o nosso querido amigo Jobs. Bill Gates se pronunciou falando que lamenta o acontecido e foi uma “imensa honra” conhecer Steve, mas para quem acha que ele mentiu, acredito que lá no fundo eles eram amigos, ainda que Bill não precisa mais se preocupar tanto com o Microsoft por ter saído dela e deixado para o Steve Ballmer. Na verdade diversos famosos principalmente da área tecnológica se pronunciaram. Até Barack Obama se lamentou no seu Twitter.

É com as palavras de algum funcionário da Apple ou sei lá quem seja que estão presentes no site da Apple que termino o artigo (traduzido):

“A Apple perdeu um visionário e um gênio criativo, e o mundo perdeu um ser humano fantástico. Os que tiveram a sorte de conhecer e trabalhar com Steve perderam um amigo querido e um mentor inspirador.

Steve deixa para trás uma empresa que só ele poderia ter criado. Seu espírito será sempre a base da Apple."